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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O QUE DIZ O MINISTRO HADDAD SOBRE O ENEM


O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o resultado é "positivo", mas "dentro do esperado". "Atendeu nossas expectativas, mas é compatível com a evolução que tem se verificado na educação brasileira. [O aumento] é coerente", disse Haddad em entrevista com jornalista realizada na quinta-feira (8) na sede do ministério.


Haddad destacou, porém, o fato de o desempenho ter melhorado mesmo com o aumento da participação de alunos no exame. Em 2010, 56,4% dos estudantes concluintes do ensino médio regular fizeram o Enem, contra 45,8% dos concluintes de 2009.


"Pode acontecer de a nota cair e a taxa de participação aumentar, então você não sabe muito bem. Agora, quando acontece de a participação aumentar e de a nota aumentar, você tem uma grande confiabilidade de que os resultados mostram uma evolução consistente da qualidade. (...) Nós sabemos que a educação é um processo, que nós temos que trabalhar muito, tem muito por fazer", analisou Haddad.


Na avaliação do ministro, o aumento de 10 pontos no desempenho médio dos alunos em 2010 na comparação com o ano anterior, chamado de "desvio padrão", mostra que o Brasil pode atingir a meta de nota média de 600 pontos no exame em dez anos, cinco anos a menos do que o previsto pelo governo federal.


A média de 600 pontos é considerada como boa pelo governo. Por exemplo, no novo programa de bolsas no exterior lançado pela presidente Dilma Rousseff em julho, são favorecidos os alunos que obtiverem média maior do que 600 no Enem. A escala vai de zero a mil.


"O Brasil trabalha com meta de qualidade, e não de quantidade [em relação à educação]. (...) Nós estamos muito confiantes de que o Enem represente para o ensino médio aquilo que a Prova Brasil vem representando para o ensino fundamental. Ou seja, um instrumento que auxilia a organização racional do currículo e orienta o trabalho dos professores em sala de aula", disse Fernando Haddad.


'Indicativo importante'


Sobre os dados por escola, que serão divulgados nesta segunda, o ministro da Educação afirmou que trata-se de um indicativo "importante", mas não recomenda-se que seja o único critério dos pais ao escolher uma escola para os filhos.


"Nós sabemos que os pais levam em consideração a nota do Enem, mas nós recomendamos que não seja isso o único critério para que os pais escolham as escolas dos seus filhos, embora seja um dado importante. Mas a escola tem outras dimensões que não são avaliadas pela prova”, considerou o ministro.


Para Fernando Haddad, um bom parâmetro para os pais são as escolas acima da média de participação no Enem, de 56%.


O ministro afirmou também ser provável que escolas particulares liderem o topo do ranking das melhores escolas do país segundo o Enem. "Isso é assim no mundo inteiro. As distâncias são intoleráveis, precisamos reduzir as distâncias. Não podemos aceitar um nível de desigualdade que existe em condições que independem da escola. As condições socioeconômicas das famílias às vezes explicam muito mais o resultado do que o trabalho do professor, do diretor. Mais de dois terços da explicação de qualquer desempenho está fora da escola, não está na escola. E, muitas vezes, se sobrecarrega a escola com uma responsabilidade que não é 100% dela."

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