Professores da UFPI podem entrar em greve no dia 25

Os professores da Universidade Federal do Piauí poderão entrar em greve a partir do dia 25 deste mês. A data será indicada, ao Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) como possível dia para o início da paralisação das universidades federais de todo o país.
Essa data, que foi acordada na manhã de hoje, durante reunião dos professores no auditório da Adufpi (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí), será levada para uma reunião do Andes, que acontece neste sábado (20), em Brasília. Apesar de aprovada a data para início da paralisação, segundo o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo, os docentes da UFPI só cruzarão os braços se for em sintonia com o sindicato nacional, que ainda tenta negociação com o Governo Federal.
Para tentar essa negociação, uma nova reunião está agendada para amanhã, entre representantes do sindicato e do Governo Federal. A pauta de reivindicação dos professores tem como eixo central a equiparação salarial da carreira dos docentes das universidades Federais com outras carreiras mais valorizadas do serviço público Federal; a luta contra a precarização do trabalho docente e uma pauta local que trata dos problemas da UFPI.
O governo apresentou uma proposta, em reunião com a categoria, no dia 09 desse mês. No entanto não foi satisfatória, pois no entendimento dos docentes isso não representa avanços em relação à recomposição salarial. O governo propôs a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior ao vencimento básico e a disposição de tratar a correção das distorções no enquadramento dos docentes, eventualmente ocorridas no momento da criação da classe de professor associado. O governo retirou momentaneamente a proposta de criação de mais uma classe na carreira docente, a Sênior, por não haver acordo com as entidades.
Hoje os professores realizam paralisação de 24 horas para chamar a atenção do governo para a necessidade de negociação. Os campi de Floriano, Bom Jesus e Parnaíba também pararam.
Mário Ângelo lembra que a pauta de reivindicações do Sindicato Nacional para 2011 foi protocolada em março de 2011 e somente em junho os representantes da entidade foram recebidos pelo governo. Aos poucos, as sinalizações de qualquer impacto positivo das negociações para os professores começaram a ser transferidos para o início de 2012 e agora o governo aponta somente para julho do próximo ano.